Tal como o típico português deixa tudo, orgulhosamente, para a última da hora, também os dirigentes dos clubes de futebol da 1ª Liga associaram-se e fizeram um pacto para que nada fosse decidido antes do tempo. Até porque era chato e isto da sintonia entre as actividades desportivas e a nossa cultura é muito importante. Acima de tudo, a identidade do país.
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Mas, pensando melhor, isso não se faz:
1. porque somos péssimos a matemática e o que não vai faltar por aí são pessoas armadas em génios, de calculadora e caneta em punho, a equacionar os mil e um cenários possíveis e imaginários para a derradeira jornada.
2. a antevisão feita pelos treinadores, esta semana, será extremamente maçadora. O lema será “Enquanto for matematicamente possível, a equipa técnica e os jogadores acreditam” (por exemplo, Fernando Santos irá repetir essa máxima umas 738 vezes e eu, à 729ª vez, vou começar a acreditar...). E assim, o Porto, o Sporting e o Benfica acreditam todos no título; o Setúbal, o Aves e o Beira-mar e acreditam todos na permanência, mesmo sabendo que só um poderá ser campeão e que 2 equipas terão de descer... E se eles se encontrarem na rua? Está o caldo entornado com acesas e ferozes conversas. Acabarão todos como começaram: com a convicção ainda mais inabalável de que “A minha equipa é que vai conseguir”.
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É da maneira que esta semana, face a esta enorme confiança de todos, a economia do país irá melhorar e vamos sair do fosso: nada melhor do que ter trabalhadores felizes e satisfeitos!
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