Baú da memória
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Manual do jogador estrangeiro, época 2008/09
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Como é hábito, mesmo quando não há muito dinheiro, as equipas lá vão contratando este e aquele jogador para reforçar o plantel. Muitos são estrangeiros e é especialmente para eles que hoje escrevo (a modéstia sempre foi uma qualidade minha ;P).
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AS 10 QUALIDADES FUNDAMENTAIS PARA UM JOGADOR ESTRANGEIRO SE ADAPTAR AO FUTEBOL PORTUGUÊS SEM PRECISAR DO...
“PERÍODO DE ADAPTAÇÃO”
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1. Sabedoria: dizer que gostam muito da cidade (apesar de só conhecerem o quarto do hotel) e que as pessoas são muito simpáticas (na verdade, referem-se unicamente ao seu empresário) e, claro, que já sabem dizer muitas palavras em português mas que no momento só se recordam de OLÁ e OBRIGADO (os mais qualificados também saberão dizer o nome do clube que os contratou, mas isso, só mesmo uma minoria... );
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2. Perspicácia: é preferivel cair e simular faltas em vez de prosseguir com a jogada;
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3. Astúcia: demorar, no mínimo, 2min 37seg em cada reposição de bola, sempre que a equipa se encontre em vantagem no jogo;
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4. Valentia: contestar as decisões dos árbitros de forma veemente e exaltada, haja ou não razão (aliás, isso é o menos importante);
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5. Destreza: conseguir cuspir a uma velocidade média de 45m/s, várias vezes por jogo (para quem ainda não é capaz, aconselho vivamente um treino intensivo com especialistas devidamente credenciados);
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6. Empenho: treinar os nossos palavrões antes de entrar em campo e, de forma bem articulada, gritá-los dentro das quatro linhas, para que o público e os espectadores possam perceber bem o estado de espirito do jogador (especialmente didáctico para as crianças: aprendem o que os professores não lhes ensinam na escola e treinam, ao mesmo tempo, a leitura labial);
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7. Habilidade e robustez: conseguir usar, para além dos pés e da cabeça, as mãos, os pitons e os cotovelos (é o que, em linguagem futebolística, se chama um jogador completo e acima da média);
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8. Poder de argumentação: contradizer o treinador em frente aos jornalistas e passar-lhe um atestado de incompetência;
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9. Lucidez: exigir um lugar titular na equipa e o ordenado mais alto do plantel, com a desculpa (in)válida de que é um jogador de nível internacional;
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10. Maturidade: repreender, em altos berros, os colegas de equipa por um qualquer erro que tenham cometido durante o jogo e que eles, jamais e em tempo algum, seriam capazes de fazer.
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BÓNUS para os jogadores brasileiros:
11. Inteligência levada ao extremo: deverão referir-se a si próprios na 3ª pessoa do singular e pelo nome próprio, não esquecendo a invocação religiosa, que é fundamental; por exemplo, se se chamar Anacleto dos Santos, dirá: Graças a Deus, o Anacleto está muito contente!
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E pronto, espero que isto seja útil de alguma forma e em especial para os estrangeiros do Benfica...............
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Como é hábito, mesmo quando não há muito dinheiro, as equipas lá vão contratando este e aquele jogador para reforçar o plantel. Muitos são estrangeiros e é especialmente para eles que hoje escrevo (a modéstia sempre foi uma qualidade minha ;P).
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AS 10 QUALIDADES FUNDAMENTAIS PARA UM JOGADOR ESTRANGEIRO SE ADAPTAR AO FUTEBOL PORTUGUÊS SEM PRECISAR DO...
“PERÍODO DE ADAPTAÇÃO”
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1. Sabedoria: dizer que gostam muito da cidade (apesar de só conhecerem o quarto do hotel) e que as pessoas são muito simpáticas (na verdade, referem-se unicamente ao seu empresário) e, claro, que já sabem dizer muitas palavras em português mas que no momento só se recordam de OLÁ e OBRIGADO (os mais qualificados também saberão dizer o nome do clube que os contratou, mas isso, só mesmo uma minoria... );
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2. Perspicácia: é preferivel cair e simular faltas em vez de prosseguir com a jogada;
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3. Astúcia: demorar, no mínimo, 2min 37seg em cada reposição de bola, sempre que a equipa se encontre em vantagem no jogo;
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4. Valentia: contestar as decisões dos árbitros de forma veemente e exaltada, haja ou não razão (aliás, isso é o menos importante);
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5. Destreza: conseguir cuspir a uma velocidade média de 45m/s, várias vezes por jogo (para quem ainda não é capaz, aconselho vivamente um treino intensivo com especialistas devidamente credenciados);
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6. Empenho: treinar os nossos palavrões antes de entrar em campo e, de forma bem articulada, gritá-los dentro das quatro linhas, para que o público e os espectadores possam perceber bem o estado de espirito do jogador (especialmente didáctico para as crianças: aprendem o que os professores não lhes ensinam na escola e treinam, ao mesmo tempo, a leitura labial);
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7. Habilidade e robustez: conseguir usar, para além dos pés e da cabeça, as mãos, os pitons e os cotovelos (é o que, em linguagem futebolística, se chama um jogador completo e acima da média);
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8. Poder de argumentação: contradizer o treinador em frente aos jornalistas e passar-lhe um atestado de incompetência;
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9. Lucidez: exigir um lugar titular na equipa e o ordenado mais alto do plantel, com a desculpa (in)válida de que é um jogador de nível internacional;
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10. Maturidade: repreender, em altos berros, os colegas de equipa por um qualquer erro que tenham cometido durante o jogo e que eles, jamais e em tempo algum, seriam capazes de fazer.
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BÓNUS para os jogadores brasileiros:
11. Inteligência levada ao extremo: deverão referir-se a si próprios na 3ª pessoa do singular e pelo nome próprio, não esquecendo a invocação religiosa, que é fundamental; por exemplo, se se chamar Anacleto dos Santos, dirá: Graças a Deus, o Anacleto está muito contente!
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E pronto, espero que isto seja útil de alguma forma e em especial para os estrangeiros do Benfica...............
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